Li, ha poucos instantes, uma coisa que me fez parar:
...a crítica cerrada a essa crença exacerbada na razão e na ciência, característica da modernidade, viria a constituir um dos principais eixos inspiradores do que se convencionou chamar de "condição pós-moderna" (Harvey, 1992).
Em: Eva Barbosa Samios. Conhecendo o conhecimento: questões lógicas e teóricas na crítica da ciência e da razão.
Crença na razão (e na ciência)??? Na minha concepção capenga isso parece um paradoxo. Só o véio Adorno nos socorre neste momento. A miopia do paradoxo não o deixa enxergar a dialética.
"No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posição de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber . ...Contudo, a credulidade, a aversão à dúvida, a temeridade no responder, o vangloriar-se com o saber , a timidez no contradizer, o agir por interesse, a preguiça nas investigações pessoais, o fetichismo verbal, o deter-se em conhecimentos parciais: isto e coisas semelhantes impediram um casamento feliz do entendimento humano com a natureza das coisas e o acasalaram, em vez disso, a conceitos vãos e experimentos erráticos; o fruto e a posteridade de tão gloriosa união pode-se facilmente imaginar. ..Portanto, a superioridade do homem está no saber, disso não há dúvida. Nele muitas coisas estão guardadas que os reis, com todos os seus tesouros, não podem comprar, sobre as quais sua vontade não impera, das quais seus espias e informantes nenhuma notícia trazem, e que provêm de países que seus navegantes e descobridores não podem alcançar".
Dialética do Esclarecimento, T. Adorno e Max Horkheimer.
Pois é, maluco, eu tento expandir os limites e sair da zona de conforto das tiuria crítica, mas que q eu vo fazer se os véio é que dão a moral...
heheheheh...
...a crítica cerrada a essa crença exacerbada na razão e na ciência, característica da modernidade, viria a constituir um dos principais eixos inspiradores do que se convencionou chamar de "condição pós-moderna" (Harvey, 1992).
Em: Eva Barbosa Samios. Conhecendo o conhecimento: questões lógicas e teóricas na crítica da ciência e da razão.
Crença na razão (e na ciência)??? Na minha concepção capenga isso parece um paradoxo. Só o véio Adorno nos socorre neste momento. A miopia do paradoxo não o deixa enxergar a dialética.
"No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posição de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber . ...Contudo, a credulidade, a aversão à dúvida, a temeridade no responder, o vangloriar-se com o saber , a timidez no contradizer, o agir por interesse, a preguiça nas investigações pessoais, o fetichismo verbal, o deter-se em conhecimentos parciais: isto e coisas semelhantes impediram um casamento feliz do entendimento humano com a natureza das coisas e o acasalaram, em vez disso, a conceitos vãos e experimentos erráticos; o fruto e a posteridade de tão gloriosa união pode-se facilmente imaginar. ..Portanto, a superioridade do homem está no saber, disso não há dúvida. Nele muitas coisas estão guardadas que os reis, com todos os seus tesouros, não podem comprar, sobre as quais sua vontade não impera, das quais seus espias e informantes nenhuma notícia trazem, e que provêm de países que seus navegantes e descobridores não podem alcançar".
Dialética do Esclarecimento, T. Adorno e Max Horkheimer.
Pois é, maluco, eu tento expandir os limites e sair da zona de conforto das tiuria crítica, mas que q eu vo fazer se os véio é que dão a moral...
heheheheh...
2 comentários:
uma pergunta:
qual conhecimento? qual saber?!
evidentemente o conhecimento é um arma contra a barbárie, da mesma forma que é muito bem utilizada a favor da mesma. Parece que o "alemão" também pode ser tão evasivo quanto outros que conhecemos por aí que gostam de questionar noções de verdade, por exemplo.
No contexto do livro (exatamente a frase que eu tirei): "a imprensa não passou de uma invenção grosseira; o canhão era uma invenção que já estava praticamente assegurada; a bússola já era até certo ponto conhecida. Mas a mudança que estas tres invenções produziram (...)!E foi apenas por acaso, digo eu, que a gente tropeçou e caiu sobre elas..." Depois segue: "Portanto, a superioridade do homem está no saber...", um tanto provocativo, talvez até irônico, mas nada preciso como disseste. Aliás, anônimo, assine da próxima vez, por favor. Assim posso responder à alguém.
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