quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sustentabilidade das arábias...

Deu hoje no Sapo: http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/observatorios/pt/desarrollo/1059538.html

A pérola das arábias: uma cidade sem carros, sem lixo e sem impostos

A primeira fase da cidade “zero emissões” estará pronta “antes de 2010” e vai ocupar seis milhões de metros quadrados de deserto. O Orçamento? É “ilimitado”.

***
O projeto parece estar muito interessante, as vezes chega até a dar dó de tentar estragar a festinha particular do sultão trilhardário...

Certo, nenhum de nós recusaria o desafio de pensar uma cidade inteira que não poluísse e ainda fosse sustentável. Mas este tipo de ação tem limites, isto é, quando a sustentabilidade ameaça o sistema econômico ela chega no seu limite. O sistema econômico é baseado na mercadoria, quer dizer, enquanto a cidade for mercadoria ela pode ser sustentável, ter tranporte público de alta qualidade, reutilizar água, emitir ovo carbono, não ter carro, etc... o que interessa é que ela seja rentável.


Mas para termos mercadorias precisamos ter exploração, trabalho abstrato, tempo social médio de trabalho, e tudo isto que já conhecemos de longa data.

As vezes chega a ser meio ridículo: o ser humano, parte da natureza, e ao mesmo tempo separado dela por intermédio do trabalho, quando pensa suatentabilidade não consegue pensar na "coisa" fundamental que liga ele ao "resto" do mundo, o que Marx chamou de o "metabolismo" do ser humano com a natureza, o próprio trabalho... é "a miséria de mil esplendores do planeta neanderthal", como diria Lenine.

A sustentabilidade é parte de um sistema social e precisa ser tratada assim, quando mudar o sistema social muda o metabolismo desta sociedade com a natureza . Sendo simplório, parece ser mais ou menos isto... não custaria nada pegar um pouco deste dinheiro todo (trabalho acumulado) e aplicar em pensar o futuro da vida na terra com mais seriedade do que fazer espetáculo pra árabe ver.

Seguem mais algumas imagens do megaempreendimento que será materializado pela "Foster's Corporation" (heheh):

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Enquanto isso, num pequeno planetinha perdido numa galáxia distante e esquecida...

Dois filmes impressionantes e alguns comentários...
Reparem que os dois filmes são complementares de mesmos assuntos, alguém arrisca qual seja?

EARTHLINGS (TERRÁQUEOS)

135MIN DE CONSCIÊNCIA ESTOMACAL...



"O Instinto de destruição, quando temperado e controlado (como se fosse inibido em sua finalidade), e dirigido para objetos, é compelido a prover o ego coma satisfação de suas necessidades e com o poder sobre a natureza."

Freud, Sigmund. Civilization and his discontents, pág. 101


"As técnicas provêem as próprias bases do progresso; a racionalidade tecnológica estabelece o padrão mental e comportamental para o desempenho produtivo, e o poder sobre a natureza tornou-se praticamente idêntico à civilização. (...). Certo, o desvio da destrutividade do ego para o mundo externo garantiu o progresso da civilização. Contudo a destruição extrovertida não deixa de ser destruição: os seus objetos são, na maioria dos casos, concreta e violentamente acometidos, rpivados de sua forma e reconstruídos só depois da destruição parcial; as unidades são divididas a força e as suas partes componentes compulsoriamente distribuídas. A natureza é literalmente "violada"."

Marcuse, Herbert. Eros e Civilização, pág. 83


THE CORPORATION (A CORPORAÇÃO)
SEM MAIORES COMENTÁRIOS, MOSTRA A DEMÊNCIA DA NOSSA ÉPOCA COM UMA VIOLÊNCIA NÃO TÃO EVIDENTE COMO EM EARTHLINGS




sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

INAUGURAÇÃO DO "BLORUM"

Bom, só queria lembrar ao amigos que discutir arquitetura comigo mesmo vai ser um tanto improdutivo, talvez até chato. Os autores convidados façam a gentileza de adentrarem?